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KDE versus GNOME: Qual é a diferença ?

O que diferencia esses dois gerenciadores de janelas ?
  • A ferramenta de desenvolvimento da interface gráfica.
  • A forma com que se encontra disponibilizado as opções de configurações.
  • O gerenciador de arquivos.
  • Os aplicativos padrões preferênciais.
Quanto a ferramenta de desenvolvimento da interface gráfica


Você é programador ? Sim ? Então tem muito a acrescentar a essa discussão. Não ? Então francamente, o que pode dizer ? Afinal, o programa está pronto, rodando e funcionando. Para o usuário final que não está interessado em programar para o KDE ou para o GNOME, qual é mesmo a diferença ?
QT, utilizado pelo KDE, até pouco tempo era considerado inferior ao GTK, utilizado pelo GNOME, porque o QT não era multiplataforma. Isso não é mais verdade e os dois são multiplataformas. O GTK é mais popular, mas se você é programador e fez essa escolha, talvez tenha um motivo de origem estrutural melhor do que simplesmente o resultado final, visto que isso pode ser igualmente obtido em ambos.


Nota-se que esses toolkits são bibliotecas que utilizam C++, assim, não há limitações específicas quanto ao uso deles, mas pode ser mais fácil fazer a coisa X em um do que no outro. De qualquer forma, novamente, para o usuário final, que não irá programar utilizando esses toolkits, isso realmente faz alguma diferença ? Eu acho que não.


Quanto a forma com que se encontra disponibilizado as opções de configurações


Talvez seja a grande diferença entre o KDE e o GNOME. A interface do GNOME oferece o menor número de opções, enquanto o KDE oferece o maior número de opções. No meu ponto de vista, isso pode produzir um impacto muito grande na forma que o usuário convive com o ambiente, ou não.


Imagine que em um belo dia de verão o usuário resolva fazer a configuração Y, que é uma coisa usual. Ele não sabe como fazer isso em nenhum dos dois ambientes. Então ele pesquisa. E descobre que no GNOME essa tarefa pode ser marcada em uma das 4 bas de um aplicativo de configuração encontrado no submenu "preferências". No KDE, é quase a mesma coisa (não existe o submenu preferências, mas sim o "Configurações do sistema"). A diferença é que enquanto nas quatro primeiras abas (e possivelmente únicas quatro abas) do aplicativo do GNOME existe uma 3-5 opções visíveis em cada aba. No aplicativo do KDE existem até 20 opções em cada aba e é provável que exista mais de 4 abas.


Isso significa que o KDE é mais personalizável que o GNOME ? Mais ou menos. Considerando a interface gráfica, não há dúvidas. Considerando que os recursos avançados de configuração do GNOME podem ser acessador pelo gconf-editor, ainda é mais ou menos, mas certamente é mais complexo fazer modificações complexas no GNOME do que no KDE, uma vez que no KDE basta ter paciência de ler o que significa cada uma das dezenas de opções que estão no aplicativo enquanto no GNOME você precisa achar a informação detalhada de qual chave deve ser modificada e como fazer antes de proceder.


Agora, sem ficar em cima do muro, o KDE é mais personalizável. E eu posso dar um exemplo de algo que o KDE faz que não se faz no GNOME. Alterar os botões que existem na decoração das janelas. Sabe onde você tem o "x" para fechar ? Também tem o maximizar, o minimizar e menu para mais opções no canto direito. Algumas das opções desse menu podem virar botões na janela quando usando o KDE e os botões podem ficar onde eu bem entendo, inclusive podem estar em uma ordem pouco natural ou usual. Para constar, eu escolhi esse exemplo porque é um recurso muito antigo, nada relacionado com as inúmeras novidades do KDE 4.


Agora vamos ser sinceros. Você vai usar todos os recursos possíveis ? Provavelmente não. Ter o poder de fazer algo não significa que você vai fazer esse algo. Na verdade isso nem sempre é uma vantagem. Eu gosto de ter todas as opções ao meu alcance, mas isso não significa que eu não entenda porque isso não é uma propaganda muito boa para, por exemplo, cativar usuários do windows.


É aqui que eu divido os usuários do GNOME dos usuários do KDE. Eu sou um usuário do KDE, porque eu quero essas opções de configuração, ainda que eu não use nem um décimo delas e que eu possa passar 2 anos e meio usando o GNOME sentido falta de pouca coisa e gostando.


Entretanto, imagine o cenário onde o usuário recebe o computador configurado. Eu mesmo depois de configurar o KDE somente vou procurar novidades quando ocorre um upgrade de versão. Afinal, novidades não nascem do nada. Ou então quando por acaso sou informado sobre certas possibilidades que eu nunca usei, mas que poderiam tornar meu jeito de fazer as coisas mais fáceis.


Nesse cenário, a diferença do KDE para o GNOME é visual. O menu está lá, assim como o controle de som, os ícones de aplicativos preferenciais, o relógio e tudo mais que clássico nos dois gerenciadores e em outros gerenciadores e sistemas operacionais. A manutenção desse ambiente requer pouco esforço. Nesse cenário, os dois ambientes são bem parecidos, podem ser idênticos, se no processo de configuração assim for desejado.


Como eu disse, é nesse ponto que eu divido os usuários do GNOME dos usuários do KDE. Eu penso que os que estão iniciando agora na informática devem ficar com o GNOME, mas podem ficar com o KDE dependendo de quem esteja orientando e da aptidão desses jovens (de espírito) usuários da informática. O excesso de informação do KDE pode não ser agradável a alguns jovens usuários, mas quando eles quiserem mais e o GNOME não oferecer, o KDE pode ajudar nessa formação, inclusive, permitindo que ele venha a fazer por si a escolha entre o GNOME e KDE, decidindo que querem menos. Aqueles que estão migrando do windows (grande maioria dos usuários do GNU/Linux, não é mesmo ?) vão se sentir mais próximos do GNOME. Da mesma forma, alguns usuários podem ficar com aquela sede de como fazer algo mais, aí é hora de experimentar um sabor diferente. KDE, Fluxbox, XFCE, etc, estão aí para completar a formação educacional e permitir um escolha adequada do gerenciador de janelas independente da opinião de terceiros.


Como eu espero ter deixado a entender, acredito que somente o usuário pode dizer qual é o seu gerenciador de desktops. E somente há uma forma de dizer qual é o melhor para ele. Experimentando cada um e decidindo depois. Até lá, a regra mágica acima pode ser útil.


Quanto ao gerenciador de arquivos.


Quase tudo que você faz no computador é gerenciar arquivos, navegar na web, escrever/ler documentos e jogar. Gerenciamento de arquivos é uma das macro tarefas do usuário de computador. Seu gerenciador de arquivos e você devem ser tão íntimos quanto o possível.


Sem meias palavras, o Dolphin é muito mais poderoso que o Nautilus. Novamente, não vamos discutir futilidades, poder não é tudo, mas isso não significa que a frase esteja errada. A integração embutida com o terminal, o uso de abas E divisão de janelas, uso do filtro, melhor controle do previews, visualização, exibição em grupos (excelente para quem tem muitos arquivos no mesmo diretório), etc, diz o seguinte, o Dolphin faz tudo que o Nautilus faz e faz muito mais. Curiosamente, o Konqueror (antecessor do Dolphin) mais mais ainda que o Dolphin, mas talvez seja apenas uma questão de nível de desenvolvimento do gerenciador de arquivos.


Particularmente eu vejo o Dolphin como uma evolução que manteve suas raízes de KDE, mas que aprendeu um pouco com o Nautilus (sim, com ele). As opções padrões do Dolphin são muito parecidas com as opções do padrões do Nautilus.


De qualquer forma, seguindo a premissa do item anterior, as vezes mais é menos e isso não é uma crítica. É uma questão de gosto pessoal.


É importante perceber que é difícil não usar o gerenciador de arquivos padrão do seu ambiente de desktops, assim, quando você escolhe o KDE ou o GNOME, você também escolhe o Dolphin ou o Nautilus. E como é um aplicativo que você terá de usar durante muitas atividades é um ponto importante de observação.


Quanto aos aplicativos padrões como um todo.


Qual é o melhor navegador de internet ? Konqueror, do KDE, ou o Epiphany, do GNOME. Hum !!! Você respondeu: Mozilla Firefox ? Se sim, você está com a maioria.


E qual é o melhor editor de imagens ? Krita ou GIMP ou outro ? Eu uso GIMP e o KolourPaint (para dizer a verdade eu uso o KolourPaint e duas funções do GIMP).


E qual é o melhor leitor de PDFs ? Okular, Evince ou o Adobe ? Para pdf, eu uso o Okular quando estou no KDE e o Evince quando estou no GNOME, mas de vez em quando, infelizmente, eu uso o programa da Adobe. Por necessidade, não por opção, que fique isso registrado.


E o editor de textos simples ? Kate ou Gedit ? Eu uso o vim (e o Gvim).


Quantas dúvidas ...


Tanto o KDE quanto o GNOME possuem seus programas favoritos. Sabe o que eu faço. Uso o melhor aplicativo em cada caso. Não me deixo influenciar pelo desejo do KDE ou GNOME. Simples assim. Os dois ambientes permitem configurar aplicativos padrões para cada função e para cada tipo de arquivo, então, não há problemas (pode haver trabalho, não problema).


Muito da discussão que gira envolvendo o KDE e o GNOME é sobre esse ponto.


Isso deve-se, principalmente, ao fato de que o criadores LiveCDs tendem a respeitar a opinião do gerenciador de janelas que está no LiveCD. Uma vez instalado, a menos que use um HD de 10 GB, não há motivos significativos (bom, até existem, mas aguarde um pouco) para não ter tanto o KDE quanto o GNOME instalado. Você não precisa instalar todos os aplicativos do GNOME e todos do KDE, mas não usar o Evince porque não quer instalar pacotes do GNOME é não é produtivo (supondo que você ache o evince mais produtivo que o Okular, é só um exemplo). Minha instalação tem tudo que tem direito e mais ainda e eu não consumo 10 GB de HD. Se eu tivesse somente 10 GB, seria difícil, porque eu preciso de espaço para meus arquivos pessoais, mas meu HD é de 750 GB. Tudo bem ... se fosse de 40 GB já não apresentaria nenhum motivo para a economia de espaço em HD.


Um aspecto técnico relevante é que existe uma certa lerdeza em executar um aplicativo QT no GNOME ou GTK no KDE quando o processador é lento. Digo isso porque eu levava quase três vezes mais para abrir o Kate de dentro do GNOME do que o Gedit em um Pentium III. Para isso eu diria o seguinte: quando o tempo de uso do programa é aproximadamente igual ao tempo de abrir o programa, o programa tem que abrir rápido. Isso se aplica ao editor de textos básico e ao emulador de terminal. Do contrário, quando o tempo para abrir o programa é muito menor que o tempo de uso do mesmo, não há um problema aqui. Se o processador é "novo" (maior que Pentium IV ou equivalente) não há problemas perceptíveis nesse ponto se houver quantidade suficiente de memória RAM. E esse é um aspecto a ser pensado.


Hoje é difícil ter uma máquina nova com menos de 1 GB de RAM. Uma máquina que tenha 512 MB pode ter dificuldade de carregar programas do QT no GNOME ou GTK no KDE (tudo depende do programa, claro, programas pequenos são pequenos porque não consumem muito recursos). Algumas pessoas assumiam a "regra da maioria" se a maioria dos seus aplicativos for GTK, use o GNOME, se a maioria dos seus aplicativos for QT, use KDE. Se possuí 1 GB ou mais, não se limite por isso.


Por fim, existem aplicativos que rodam apenas em um sistema e não no outro. Lembro-me que o superkaramba não rodava bem no GNOME (na prática, não rodava, porque ele não se comportava bem rodando). Hoje, você não pode colocar os mini-aplicativos do plasma no GNOME. No GNOME há equivalentes, mas não são os mesmos. Eu não diria que isso é fundamental, mas já houve um dia que eu julgava que era muito importante ter o superkaramba no meu computador. Hoje, eu vejo que em parte eu precisa de um "monitor de sistema" e "um lugar para colocar os meus ícones prediletos", ou seja, eu abri os horizontes. Antes eu procurava executar um programa específico para resolver um problema, hoje eu resolvo o problema com o melhor programa que eu encontro.


Conclusão
Normalmente quando eu lia textos com o título de "KDE vs GNOME" havia uma grande influência de quem escreve em focar dois pontos. O seu próprio gosto pessoal sem pesar o que seria melhor para terceiros e os aplicativos padrões que acompanham o pacote escolhido. Eu eliminei esse último ponto.


Acredito que essa discussão somente tem procedência quando há limite de hardware. Espaço em disco, processador muito antigo e/ou memória RAM limitada. Fora isso, o melhor é usar o melhor dos aplicativos.


E eu tentei não deixar minha opinião sobre o KDE influenciar na forma com que eu coloquei as diferenças. O que é melhor e o que é pior em termos absolutos é irrelevante. Minha opinião está escrita, mas não é absoluta. O que eu posso fazer ? Sou eu que escrevi, é impossível fugir de mim mesmo para escrever um texto.


Durante o tempo que passei no GNOME, eu muitas vezes pensava: se eu pudesse fazer um split da janela ou então pena que eu não posso colocar o botão "manter a janela acima das outras" na janela e por aí vai.
Na época o meu computador não era muito bom e a memória RAM disponível era limitada, eu tentava me virar da melhor forma possível com os aplicativos do próprio ambiente que eu estava. Esse foi um dos fatores que me fizeram comprar um pente de 1 GB adicional (fiquei com 1,5 GB) para não ter que viver dos aplicativos de apenas um único ambiente. De fato, olhando para os meus hábitos, eu vejo 4 aplicativos GTK, 5 aplicativos QT, 4 aplicativos java e 3 de código fechado, como os que eu mais uso.


Algumas pessoas implicam com o visual do programa GTK no KDE e vice-versa. Caros, isso é configuração. Você pode fazer o que quiser e sem desculpas nos dois ambientes. Portanto, dizer que usar um programa GTK no KDE é algo feio, não é verdade, e vice-versa.


Por fim, uma coisa que eu aprendi nos últimos anos é que nossos hábitos são muito dinâmicos, mesmo quando fazemos as mesmas coisas todos os dias, pois o mundo, o ambiente, muda e fazer as mesmas coisas todos os dias significa aprender um pouco de algo diferente todos os dias
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3 comentários
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3 comentários:

Anônimo disse...

muito bom, obrigado pela dica..

Anônimo disse...

valeu man

Anônimo disse...

Muito bom!!

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