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Brasil é o vice-líder mundial de Spams

Além disso, o relatório da Symantec mostra que o Brasil lidera na América Latina.
A Symantec divulgou sua 15ª edição do Internet Security Threat Report que destaca as principais tendências em cibercrimes no período de 2009. Segundo o relatório, em um ano marcado por dois ciberataques muito proeminentes, o Conficker e o Hydraq, houve um crescimento contínuo tanto em termos de volume quanto de sofisticação dos ataques.
"Os ataques evoluíram de simples golpes para campanhas de espionagem altamente sofisticadas que têm como alvo algumas das maiores corporações e entidades governamentais do mundo", afirma Stephen Trilling, vice-presidente sênior de tecnologia e ações de segurança da Symantec. "A escala desses ataques e o fato de terem origem em várias partes do mundo, torna isso um problema verdadeiramente internacional que exige a cooperação do setor privado e de governos mundiais".
Entre as principais tendências destacadas pelo estudo, estão o aumento no número de ameaças dirigidas contra empresas, os toolkits para a realização de ataques tornaram o cibercrime mais fácil, ataques pela web crescem continuamente e a atividade maliciosa vem de países emergentes.
O relatório verificou que os invasores estão aproveitando a grande quantidade de informações pessoais disponíveis em sites de redes sociais para elaborar ataques baseados em engenharia social contra os principais indivíduos dentro das empresas. O Hydraq ganhou grande notoriedade no início de 2010, mas foi apenas o ataque mais recente de uma longa lista do gênero, que inclui o Shadow Network em 2009 e o Ghostnet em 2008.
Os toolkits para as invasões têm reduzido os obstáculos para a entrada de novos criminosos cibernéticos, tornando mais fáceis para pessoas não especializadas a invasão de computadores e o roubo de informações. Um toolkit chamado Zeus (Zbot), que pode ser adquirido por apenas US$ 700, automatiza o processo de criação de malware personalizado capaz de roubar informações pessoais.
Os atuais invasores utilizam técnicas de engenharia social para atrair usuários desatentos para sites maliciosos. Esses sites, em seguida, atacam o navegador e plug-ins vulneráveis da vítima, normalmente usados para exibir arquivos de vídeos ou documentos. Em particular, o ano de 2009 trouxe um crescimento no número de ataques que teve como alvo os visualizadores PDF, o que representou 49% de todos os ataques baseados na Web. Esse é um aumento considerável em relação aos 11% registrados em 2008.
O estudo também observou fortes sinais de que as atividades maliciosas agora possuem origem em países com uma infraestrutura emergente de banda larga, como Brasil, Índia, Polônia, Vietnã e Rússia. Em 2009, esses países subiram suas posições nos rankings de origem e destino das atividades maliciosas dos cibercriminosos. Os números sugerem que as medidas enérgicas tomadas pelo governo dos países desenvolvidos levaram os cibercriminosos a lançar seus ataques do mundo em desenvolvimento, onde eles são menos susceptíveis a serem processados.
Brasil
O Brasil foi o principal país em termos de atividades maliciosas na região da América Latina em 2009, contabilizando 43% do total. Globalmente, ocupou o terceiro lugar, com 6% do total das atividades maliciosas distribuídas por nacionalidade.O País foi o principal em termos de computadores infectados por bot (um computador isolado infectado com malware) na região da América Latina no ano passado, com 54% do total. Globalmente, também ficou com a terceira posição, contabilizando 7% do total.
O relatório registrou que o Brasil originou o maior volume de spam na região da América Latina, com 54% do total. Globalmente, ocupou o segundo posto, com 11% do total mundial no período. No geral, contabilizou 6% do total das atividades maliciosas em 2009 e ocupou a terceira posição nessa medição. Isso representa um aumento em relação aos 4% e o quinto lugar registrado em 2008. Essa é a primeira vez que um país diferente dos Estados Unidos, da China e da Alemanha se classificou entre os três principais nessa medição global que a Symantec apresenta desde 2006.

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